Geraldo Alckmin conta como interferiu no sequestro de Silvio Santos em 2001


O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do PSB, afirmou que foi aconselhado a não intervir no sequestro de Silvio Santos, que aconteceu em 30 de agosto de 2001. O apresentador ficou por sete horas refém de Fernando Dutra Pinto, que havia sequestrado Patricia Abravanel, filha do dono do SBT, nove dias antes.

 


Silvio acabou solto no começo da tarde daquele dia, após participação direta de Alckmin, então governador de São Paulo pelo PSDB. O político foi à casa do apresentador para oferecer garantias de segurança de vida ao criminoso, uma das exigências que o criminoso fazia para liberar Silvio.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, na tarde deste sábado (17), Alckmin afirmou que acompanhava as negociações para o fim do sequestro quando, por volta das 10h30, o próprio Silvio ligou para o seu celular e disse que, se o governador fosse até lá, o sequestrador se entregaria.

Alckmin disse que o então secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petreluzzi, avaliana que era melhor ele não ir, porque iria abrir um precedente. "O tempo passou e me lembrei de um professor da faculdade de medicina, que disse que, quando tiver um caso muito grave, nunca podemos nos obitir. Avisei que estava indo para lá", contou.

O então governador lembrou que o helicóptero que o levou até o local pousou em uma escola a dois quarteirões da casa de Silvio, para onde ele foi a pé. "O pessoal mal percebeu e eu já tinha entrado."

Na sequência, Alckmin afirmou que o sequestrador se entregou, jogando as duas armas. O vice-presidente disse ter conhecido Silvio Santos na década de 1970, quando era prefeito de Pindamonhangaba (SP), durante a participação do município no programa Cidade contra Cidade.


Silvio Santos morreu às 4h50 da madrugada deste sábado, aos 93 anos. Também empresário, ele estava internado na UTI do hospital Albert Einstein, em São Paulo. A causa da morte foi broncopneumonia.

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